As mensagens reflexivas e pintadas à mão pelos muros e viadutos do Rio, do “Profeta Gentileza”, ou José Datrino (1917-1996), que embora seja paulistano, virou um símbolo carioca, imortalizando a frase “gentileza gera gentileza”, construindo assim a ideia de que atos de bondade podem ser cíclicos e que uma boa ação pode inspirar inúmeras outras. Ele só começou a ficar conhecido como profeta em 1961, depois de um incêndio no Grand Circus de Niterói, que matou centenas de pessoas. Depois da tragédia, Datrino fez um jardim no lugar das cinzas, se mudou para as redondezas oferecendo conselhos e palavras amigas aos que o visitavam.
Em 1980, ele começou a deixar seu legado, no viaduto da Avenida Brasil, entre o Cemitério do Caju e a rodoviária, escrevendo frases nas pilastras, que foram inspiração para artistas como Marisa Monte e Gonzaguinha, além de livros, filmes, novelas e trabalhos acadêmicos.
Agora, depois de sua obra se tornar patrimônio do Rio, vai dar nome ao Terminal Intermodal Gentileza (TIG), em São Cristóvão, onde estão a maioria das suas mensagens.
Algumas frases do profeta para inspirar o fim de semana:
1) “Gentileza gera gentileza!”
2) “Não usem problemas; não usem pobreza; usem amor e gentileza”
3) “Nenhum gesto de gentileza, por menor que seja, é perdido!”
4) “Sou maluco para te amar e louco para te salvar!”
5) “Onde houver gentileza, haverá sempre um gesto que surpreenda. Amor se esconde nas coisas pequenas. E a amizade, nas atitudes que refletem maiores que a presença”.