O biólogo Mario Moscatelli desconfia, depois de alguns relatos de comerciantes que trabalham próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, que ali virou local de “safari urbano”. A Comlurb retirou uma capivara — que até tinha nome, a Margarida — morta a pedradas das águas, nesta sexta (03/03). “Já é de conhecimento público que, no sistema lagunar de Jacarepaguá, há atividade de caça, e a carne seria vendida em comunidades locais. Nos falaram também que os delinquentes que mataram esse animal na Lagoa usam cães para caçá-las e, por isso, elas se tornam tão reativas à presença dos cachorros que passeiam com seus donos”, diz Mario.
O biólogo já informou aos órgãos responsáveis para averiguarem as informações. “Quem poderia e deveria ter feito algo para evitar a morte de mais um animal silvestre da Lagoa, até o momento, nada fez de prático. Agora esperamos que tomem as ações necessárias já exaustivamente sugeridas. O Rio não é para amadores, mas destaco que não permitiremos que décadas de trabalho contínuo seja comprometido pela ação de delinquentes ou pela inação.”