Quem, no Rio, não conhece o Alvinho da Camélia? Álvaro Henrique Pires Moreira é um dos mais populares floristas da cidade. Ele tem o mesmo talento do pai, Álvaro Barros Moreira, à frente da Camélia Flores desde 1959 (a loja existe há mais de 100 anos no Mercado das Flores, no Centro). Ganhou o título de Cidadão Benemérito do Rio, nesta quinta (30/03), num de seus restaurantes, no Centro (eles compraram quatro restaurantes que estavam falaindo para ajudar na revitalização da região), pelos serviços prestados. “Quem entra no ramo, não sai mais. Quem não gosta de flores e bom gosto?”, diz Alvinho.
Camélia era a flor que simbolizava a abolição da escravidão no Brasil – todos os abolicionistas usavam uma na lapela ou tinham um pé da flor na porta de casa. A própria princesa Isabel, no dia em que assinou a Lei Áurea, recebeu um lindo buquê de camélias; daí foi que surgiu o nome da tradicional floricultura. “Alvinho é a terceira geração da família, que não deixa o comércio murchar. Começou a trabalhar bem jovem, aos 15 anos. Além de enfeitar a cidade, a floricultura faz ações sociais”, disse o vereador Felipe Michel, autor da proposta do título.