O arqueólogo e historiador Cláudio Prado de Mello chama atenção para um prédio na Rua Buenos Aires, no Centro, tomado pela vegetação. “O mistério continua: é a fachada que segura o andaime, ou o andaime que segura a fachada? Agora que estão arrombando a telha que fecha o terreno, dá pra ver que não existe absolutamente nada no seu interior, e o mato já passou para o outro lado da rua, através da fiação”, avisa ele. Casas e prédios nessa situação não são incomuns no Rio, na Zona Norte, na Zona Sul ou em qualquer zona.
No térreo do prédio, funcionou, de 1998 a 2014, a loja Babado da Folia, uma das muitas na região que vendiam artigos de carnaval e todo tipo de tecido. A situação da empresa, de razão social J F 300 Comércio e Confecções Eireli (o JF de Jorge Francisco no site ‘Transparência’), está inapta, ou seja, não faz declaração de renda há mais de dois anos.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação notificou o dono, mas muitos deles deixam o imóvel ruir para vender para as construtoras. A coluna fez uma “linha do tempo” no Google Street View para observar a deterioração do prédio.