Não tem sido simples para os recenseadores do IBGE fazer seu trabalho no Rio, principalmente no Leblon, motivo de terem sido distribuídos folhetos explicativos na praia, nesse domingo (26/02), sobre a importância do Censo, única pesquisa da estatística populacional completa e de abrangência nacional. Em outros bairros, por exemplo, Gávea, Ipanema, Alto Jardim Botânico, deu-se situação semelhante.
Moradora do JB, vivendo numa das casas mais bacanas do Rio, comenta: “Vieram duas vezes em fim de semana, quando os funcionários estão de folga. Não abrimos. Sábado e domingo só tem a segurança da entrada da rua. Pegamos o contato, meu marido respondeu por telefone”.
De certa maneira, tem a ver com o que diz o psicanalista Arnaldo Chuster? “Eu acho que não querem receber o Censo por fazer parte de uma elite que não deseja que seus dados sejam revelados. Existe também o sistema de segurança desses prédios, que podem estar instruídos sobre a possibilidade de falsos agentes do Censo abrindo caminho para crimes. É difícil avaliar o problema, mas tem paranoia envolvida”.