O carnaval, o do calendário, nem começou, e as margens da Lagoa ficaram imundas, como mostra o biólogo Mario Moscatelli, há mais de 30 anos cuidando daquele ecossistema. Além de lixo pra tudo que é lado, um vândalo arrancou a papeleira de um poste e a jogou nas margens.
Por mês, de 500 a 600 unidades são furtadas e vandalizadas, ou seja, 6.000 a 7.200 papeleiras todos os anos. Com isso, a Comlurb gasta R$ 580 mil anuais para reposição e conserto desses equipamentos — do nosso dinheiro! “Realmente, o fator cultural é determinante na degradação ambiental do Rio. Quer se divertir? Divirta-se, mas não degrade — as margens da Lagoa se transformaram em lixão! Parcela da população não colabora e parece desejar ter um gari para chamar de seu. Triste!”, diz Mario.
E continua: “O volume e a variedade de resíduos que encontro nas praias, rios, lagoas e baías são pra lá de impressionantes. Como sou apenas biólogo, e não especialista em Sociologia, Antropologia, artes marciais e por aí vai, portanto não dispondo das respostas para tanta degradação, informo a quem possa interessar que, além de exigir bons serviços públicos de limpeza, precisamos, como sociedade, ajudar senão seremos condenados a nos sufocar em nossos próprios dejetos”.
Se você presenciar alguma ação de depredação contra papeleiras, monumentos, praças, entre outros, denuncie à Guarda Municipal pelo número 153. Você também pode enviar vídeos e fotos para o perfil @protejaobrt.