A Prefeitura pagou, nessa quinta (23/02), o subsídio por quilômetro rodado aos quatro consórcios de ônibus que circulam na cidade, referente à segunda quinzena de janeiro. Embora os carros com ar-condicionado tenham aumentado, as empresas deixaram de receber R$ 2,3 milhões por falta de climatização da frota. “O sistema está avançando. Implantamos novas formas de controle para verificar o funcionamento do ar-condicionado nos ônibus, com mais fiscalização nas ruas. Por isso, os consórcios receberam menos”, diz Maína Celidonio, secretária de Transportes.
No total, os consórcios receberam R$ 23,3 milhões, e os descontos também aconteceram pelo não cumprimento da quilometragem planejada. Foram 1.700 multas aplicadas e, como consequência, menos R$ 835 mil pela falta do ar-condicionado e menos R$ 1,5 milhão para os veículos que não têm ar-condicionado instalado. As empresas deverão instalar, até o dia 31 de julho, sensores de temperatura nos carros que foram licenciados com ar-condicionado, para a secretaria monitorar à distância a climatização e, em caso de descumprimento, desconto no pagamento do subsídio por quilômetro rodado.
Em maio do ano passado, foi feito um acordo judicial entre a Prefeitura, os consórcios e o Ministério Público Estadual, o qual prevê o pagamento de subsídio ao sistema e a regularização do serviço de ônibus na cidade. O repasse dos valores é inédito, permitindo que o pagamento pela operação esteja diretamente relacionado ao serviço prestado pelos operadores. Graças ao acordo, já foi possível retomar 65 linhas, aumentar a frota em circulação, ampliar a capacidade da SMTR de planejar a rede e monitorar os ônibus por GPS.