Olhando assim, de cima, nem parece que o lugar vira um formigueiro humano nos fins de semana – carnaval então, ôxe! Há alguns anos, o Largo de São Francisco da Prainha, na região central da cidade, tem bombado com a revitalização nas proximidades e, principalmente, com os bares em casarões antigos com suas fachadas coloridas — dando um quê de Pelourinho.
Muito da atividade cultural efervescente é por causa do empresário e produtor Raphael Vidal, dono do Casa Porto e do Bafo da Prainha, eleito no ano passado pela britânica “Time Out” como um dos melhores novos bares do mundo, ficando em nono numa lista com 16 novidades. Vidal domina o Largo, comandando também o recém-inaugurado Restaurante Dois de Fevereiro – a festa desta quinta (02/02), inclusive, não tem hora pra acabar, com show de Sara Hana —, o Tendinha.Co e o Pequeno Museu Carioca, tudo no mesmo “quadrado”, com shows quase diários.
O painel que fica em primeiro plano no largo tem 26 metros de altura e 15 de largura. Foi criado em 2022 pelo artista Acme, que tem obras no Museu Histórico Nacional, no Museu do Folclore e no Museu da Favela, do qual é sócio-fundador, para comemorar os 10 anos do servidor do jogo eletrônico League of Legends (LOL) no Brasil — quem é do videogame conhece e ama.
Uma das atrações ali é também uma escultura de Mercedes Baptista (1921-2014), a primeira bailarina negra do Theatro Municipal e inventora do balé afro-brasileiro, inspirada no candomblé.
Fotos: Alex Ferro e Marcello Santos dos Santos