O artista gráfico carioca começou a pintar uma série pelas ruas do Catete (bairro onde mora) em 2021. Nada escapava: meios-fios, muretas, asfaltos; por isso, já foi abordado várias vezes por policiais, comerciantes, passantes, curiosos com a ação.
São palavras como “acalmar”, “sinais”, “coração”, “despir”, “submerso”, “deserto” etc., na Glória, Santa Teresa e Flamengo, e todas, dependendo de quem olha, faz um sentido diferente. “Uma palavra pode ter mil sentidos. Acho interessante ver como cabe um mundo inteiro dentro dela”, disse o artista.
Como estamos a poucos dias do carnaval, escolhemos três palavras que têm tudo a ver com o clima: “libidinosa”, que ele tirou da música da cantora Tay Pinheiro, que está na Lapa, o berço da boemia e de trocentos eventos de carnaval; “tambor”, no Passeio; e “carnal”, com a artista Marcielly Vanucci posando ao lado, na saída do Cortejo para São Jorge, do grupo Tá na Rua (de Amir Haddad), no carnaval do ano passado, no Centro (Mem de Sá).