Depois da pandemia, quando antes estava todo mundo trancado, doido pra sair, ou voar, ou tudo, em todas as direções, no que abriram os portões, digamos assim, a gente quis botar a vida em dia. Óbvio! Logo na sequência, muitos que não eram exatamente a favor dos dois beijinhos (o cumprimento mais comum no Rio) adoraram esse meio distanciamento para precaver surpresas, sem nem pegar nas mãos que, afinal, poderia ser um veículo de transmissão da covid. Todo mundo sabia isso de cor.
Passada essa fase com a graça de Deus e com a segurança anterior, aí o povo passou a querer mais, não só beijinhos como também abraços. Meio que virou o padrão. Para a maioria, está praticamente incorporado; até nas academias, no verão. Esta semana, na Bodytech, quando alguém disse: “Não me abrace, estou suada (argh!)”, a outra pessoa respondeu: “Estamos todos”, e abraçou apertado. Que tal? O melhor mesmo é ninguém-pega-na-mão-de-ninguém. Tá suada.