Tem gente que vai desde criancinha ao Baile do Copa, mas, na edição desse sábado (18/02), os comentários foram unânimes: o diretor de arte Gustavo Barchilon e o cenógrafo Daniel Cruz se superaram. O tema foi abrangente: “Túnel do Tempo 1923 – 2123”, comemorando os 100 anos do hotel, ou seja, eles uniram elementos lá de trás até hoje, além das cores e estéticas esperadas para o próximo século. Os celulares gritaram nos ambientes instagramáveis, desde a entrada com um pop art em preto e branco em espiral representando a ilusão de ótica de um túnel do tempo ou a antigos programas de TVs e filmes, criando uma atmosfera retrô. “Com o preto e branco quis representar a diversidade cultural que o hotel representa, sejam jovens ou idosos, brasileiros ou estrangeiros, o Baile do Copa é pra todo mundo!”, disse Gustavo. No fim do túnel, muitas cores com diversas imagens da arte criada por Andy Warhol.
Outro lugar que ninguém queria sair e rendeu altas poses foi uma representação fiel da famosa “Black Pool”, da suíte do 6º andar do hotel, no imaginário de muita gente. Teve também representação do Cassino do Copa, ali até 1946, quando os jogos foram proibidos, com teto coberto por cartas de baralho e uma chuva de luminárias em formato de dados, além de roletas com personagens caracterizados.
Como rainha disso tudo estava a modelo Izabel Goulart, com figurino de nome próprio, “A joia de Copacabana”, com uma saia branca longa e um top em pedraria com detalhes no pescoço, braços e cabeça. “Foi inspirada 100% no trabalho manual, para homenagear os artesãos brasileiros, que representam muito nosso carnaval. Começou a ser feito na quinta (16/02), e durou mais de seis horas comigo em pé, no quarto, porque teve que ser pedra por pedra”, disse ela.
E deve ter levado isso mesmo ou até mais, porque, segundo amigo, a modelo demorou 1h40 do previsto para aparecer nos salões e deixou o povo da produção tenso, sendo eleita, nas internas, não exatamente a melhor rainha já escolhida pelo hotel. No quesito beleza, continua sambando na cara de todo mundo.
E para contrastar, quem passou a faixa de rainha foi a própria “apoteose”, Sabrina Sato. Pouco antes, a apresentadora havia desfilado como rainha de bateria da Gaviões da Fiel, em São Paulo. Chegou como se tivesse acabado de acordar de um retiro zen, usando um vestido com mais de 40 kg, releitura de Marilyn Monroe e da boneca Barbie da grife Valentino, apelidada de “Sabrineca”. Parou o baile, claro. Nesta segunda (20/02), ela desfila à frente da bateria da Vila Isabel, além de ser rainha de um camarote na Sapucaí.
No mais, um mix de personagens que sempre frequentaram os salões do baile mais tradicional do Rio e uma renovada com um público jovem, que vai desde influenciadores a modelos, ex-BBBs a empresários. Fantasias incríveis, do luxo à criatividade, como a de um turista italiano e seu marido, com um broche dourado de “piroca voadora”; a vizinha mais famosa do hotel, Narcisa Tamborindeguy, escolheu um look prateado até discreto, mas a capa do celular informava “Certified Crazy” (algo como certificadamente louca!), uma versão em inglês do “Ai, que loucura! A loucura não tem cura!”.
Ausência nas fotos é a de Adriane Galisteu, que chegou a “desfilar” na Pérgula, mas teve um problema com a fantasia e não entrou. Ou seja, energia lá no alto pra reinar como rainha de um dos camarotes até o fim do carnaval.