Os moradores de Laranjeiras estão mais alegres depois desta quinta (23/02), quando Eduardo Paes se encontrou com Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, e Glauco Wamburg, presidente do INSS, para assinar o protocolo de intenções para a compra e reativação do Mercadinho São José, abandonado desde 2018, sempre um perrengue para os vizinhos.
“Há alguns anos, esse era um espaço em que as famílias vinham, as pessoas frequentavam, tinha atividade cultural, muita gastronomia. De repente, esse prédio ficou abandonado. Com esse protocolo, manifestamos o nosso desejo de adquirir esse imóvel e dar uma destinação adequada”, disse Paes.
A proposta foi apresentada por Everton Gomes, secretário de Trabalho e Renda, para transformar o lugar novamente em centro gastronômico. Durante o encontro, Paes e Lupi também conversaram sobre outros locais na cidade pertencentes ao INSS que estão abandonados, como um prédio na Avenida Venezuela, no Centro – o prefeito disse que também quer dar um jeito ali, e o ministro ficou de dar uma resposta. “Nós temos mais de 2 mil imóveis do INSS no Rio. Estamos assinando esse termo de cooperação para passar o imóvel para a Prefeitura. O que eu quero é que todos os prédios públicos tenham a preservação do espaço que a população necessita. O Mercadinho já foi uma referência. Não adianta o governo Federal ter um monte de imóveis sem utilidade e ficar esperando ser invadido. Tenho certeza que esse será o primeiro de muitos convênios”, disse Lupi.
A reforma também impulsiona a economia carioca. “Quando vi a invasão no início do mês e que o mercadinho era do INSS, apresentei a ideia ao ministro e ao prefeito de revitalizarmos o local, gerando trabalho e renda na cidade e devolvendo o espaço para sua vocação. Estarmos hoje juntos, governo Federal e municipal, tem um simbolismo muito grande”, disse Everton.
O São José completa 80 anos em 2024 – foi criado em 1944 pelo então Presidente Getúlio Vargas. Funcionou como uma senzala e um celeiro de uma fazenda localizada no Parque Guinle, à época do Império. Foi transformado em mercado de hortifrutigranjeiros para oferecer à população produtos mais baratos durante a Segunda Guerra. Posteriormente, abrigou bares e restaurantes, tornando-se um dos pontos preferidos de cariocas e turistas.