“Faça mais o que te faz feliz”, uma das mensagens que a historiadora Anamaria Raposo mais gostava de enviar, até sua morte, na tarde desta quarta-feira (11/01), aos 82 anos, na Casa de Saúde São José, em Botafogo, por problemas pulmonares. Foi fumante a vida inteira.
Ex-professora, apaixonada, da rede pública e pesquisadora, por anos, no extinto Cedoc (Centro de Documentação), da Rede Globo. Anamaria vai ficar no coração de todos que com ela conviveram, já que mantinha os amigos de todas as épocas. Não há um deles que não tenha um elogio — fosse por admiração a tudo que ela sabia de História do Brasil, de qualquer época; fosse pela serenidade em todas as situações; fosse pelo prazer em ensinar, com doçura, paciência e toda generosidade, a mesma de quando falava da sua família, adorada por ela. Teve quatro filhos: Thiago, morto num acidente de carro (um grande golpe em sua vida); Alexandre, sócio do restaurante Inverso Gávea, no Jockey; Felipe, mecânico especializado, vivendo na Austrália, e Octávio, empresário imobiliário, em São Paulo, todos do casamento com o benemérito da Associação Comercial Marco Antônio Moreira Leite. Tinha um total de sete netos.
A pedidos, Ana pretendia escrever um artigo sobre o atual momento político, que a fez sofrer tanto; adiava e adiava… Acabou não dando tempo. Para onde vai tanta sabedoria de quem viveu antes, durante e depois da Ditadura, com conhecimento de cada momento da realidade do País?
O velório e cremeção serão na sexta (13/01), respectivamente às 9h e às 11h, no Caju.