Nessa segunda (30/01), Elizabeth Di Cavalcanti, única filha do pintor modernista Emiliano Di Cavalcanti, recebeu a Medalha Tiradentes, na Alerj, em proposta de autoria do petista André Ceciliano, que ficou na presidência da casa por cinco anos. Ele tem promovido eventos e mais eventos; agora, será nomeado secretário de assuntos federativos do Planalto.
A homenagem foi entregue no saguão da sede da Alerj, onde há uma exposição permanente com reproduções de algumas obras do pintor, morto em 1976, as quais fazem parte do acervo Funarj/Coleção Banerj. “Meu pai era um grande contador de histórias; por isso, suas telas retratam, com afinco, a vida pulsante do Rio. Em 2006, pouco antes da minha mãe morrer, prometi a ela que colocaria o nome do meu pai novamente em destaque. Tenho lutado por isso. Receber essa homenagem, vendo as obras dele nesse saguão, é um grande presente”, disse Elizabeth, que autorizou a reprodução das obras expostas no Parlamento, como os quadros “Gente da Ilha” e “Brasil em Quatro Fases”.
Ceciliano também repudiou o vandalismo de 8 de janeiro, em Brasília: “A Mulata”, de Di, estava entre os trabalhos atacados.
Com nove mil obras ao longo da vida, o pintor carioca foi o idealizador da Semana de Arte Moderna, de 1922. Ao longo dos anos, morou em São Paulo e na Europa, onde conheceu artistas, como Pablo Picasso e Henri Matisse, que influenciaram o seu estilo.
Mas, segundo o presidente da Fundação de Artes do Estado do Rio (Funarj), Jorge Roberto Gifford, Di Cavalcanti nunca se esqueceu do Rio: “Era um carioca de alma. Suas obras refletem a diversidade de seus moradores e a alegria desta cidade”.