Muitos convidados que estiveram na individual “Superfície sensível”, de Daniela Santa Cruz, atrasaram a volta para suas cidades, no pós-réveillon em Búzios, para homenagear a artista, nessa segunda (02/01), com a pré-abertura na Galeria 19, na Rua das Pedras. E foi um ótimo negócio para todos, já que as estradas continuaram cheias.
A mostra, que vai até 28, tem 10 pinturas e, ainda no dia 8, acontece o coquetel de abertura para convidados. “O abstracionismo me liberta para pintar sobre o significado das coisas, em vez de descrever como elas são de maneira literal. Crio telas que permitem aos observadores formar sua própria relação com a obra”, diz ela.
A opção de expor em Búzios é pela forte ligação com o lugar, que frequenta desde a infância: “Búzios merece se tornar um centro cultural. O Cine Bardot foi reaberto recentemente, e a cidade é forte nas artes visuais. A Travessa dos Arcos, onde fica a galeria, é como um oásis no centro da cidade, com duas lindas esculturas da artista Christina Motta que já viraram referência para os turistas”.
Até por isso, seu trabalho é resultado de três lugares afetivos: Búzios, Rio e Pernambuco, estado da sua família. Além de pintora, com formação da EAV, também é colecionadora de expressionistas abstratos do pós-guerra e dos brasileiros Luiz Aquila, Carlos Vergara, Tomie Ohtake, Marcelo Solá, Gabriela Machado, Carlito Carvalhosa e George Iso.