Quando comecei a me aprofundar no estudo da Comunicação Não Violenta (CNV), criada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, descobri uma forma totalmente revolucionária de dialogar, influenciar e resolver conflitos.
Aplicando os conceitos que eu estava aprendendo, conseguia transformar muitas conversas difíceis em diálogos construtivos, e as coisas pareciam se resolver de forma mágica! A CNV foi literalmente um divisor de águas na minha vida, como foi na vida de tantas pessoas no mundo, desde sua criação, nos anos 1960.
O livro “Comunicação Não Violenta” é um best-seller que contém diversas estratégias e dicas extremamente valiosas e eficazes para aprimorar nossos relacionamentos.
Ao longo dos últimos 10 anos como coach, palestrante, mentora, treinadora e mediadora, ajudei a salvar vários casamentos, resgatar muitas relações entre pais e filhos, facilitar o diálogo entre líderes e liderados, resolver conflitos de todos os tipos… Foi muito gratificante, e comecei a perceber que temos realmente muita margem para aprimorar nossa comunicação e nossas relações, ouvindo mais, julgando menos, demonstrando mais empatia e gerando compaixão sem ter que usar nenhum tipo de manipulação.
Contudo, também descobri que, com determinadas pessoas, o diálogo não funciona para chegar a um consenso ou a uma situação de ganha-ganha.
Pessoas altamente manipuladoras, por exemplo, que têm um transtorno de personalidade narcisista ou antissocial (psicopatas e sociopatas), não costumam ter interesse em resolver os conflitos de forma justa, pois só pensam no interesse próprio e não costumam ter empatia nem compaixão pelo outro.
Qualquer indivíduo pode ter dificuldade em se conectar com seus sentimentos na hora de uma briga. No entanto, quando essa falta de empatia é constante, apesar de você abrir seu coração e aplicar os conceitos da CNV, isso pode ser um sinal de alerta.
Pessoas com esse tipo de transtorno invertem os papéis constantemente, procuram confundir a sua mente (“gaslighting”), mentem compulsivamente, vitimizam-se quando aprontam, fazem chantagem emocional, acusam você daquilo que elas mesmas fizeram, etc. Por exemplo, se a pessoa traiu você, vai dizer que foi você quem a traiu. Nesses casos, as tentativas de diálogo costumam ser em vão e só geram desgaste, pois não há uma intenção sincera por parte da pessoa que manipula.
Além de estudar os conceitos da CNV, é fundamental aprender a detectar esses tipos de transtornos de personalidade para não cair nas armadilhas da manipulação.
Estude, faça cursos, assista a vídeos e documentários, leia artigos e livros sobre o tema. Esse conhecimento é essencial para a vida e para todo tipo de relacionamento. Não vai se arrepender. Se quiser, pode encontrar várias referências e recomendações nas minhas redes sociais e mais de 70 artigos — na hora em que escrevo — neste mesmo blog da Lu Lacerda. É só digitar meu nome (Marie Bendelac) na lupa da página principal, para encontrar meus artigos anteriores.