A gente sabe que noite de autógrafos nunca foi o melhor programa do mundo. No entanto, a desembargadora Andréa Pachá está entre os autores nos quais se percebe um certo prazer nas filas, sem se importar a mínima com a espera. Na longa linha que se formou, não existia a energia dos semiamigos (a pior do mundo, cruz credo!) — mesmo para quem não a conhece, é fácil observar uma admiração genuína. E foi assim, nessa terça (24/01), na Travessa do Shopping Leblon, com o lançamento da edição comemorativa de “A vida não é justa” (Intrínseca), dez anos depois, com noite que teve bate-papo com a roteirista Bianca Ramoneda.
Pachá sentiu a necessidade de escrever novos textos, que dessem conta das muitas transformações sociais, políticas, econômicas e afetivas nesse período. “Tanto as mudanças boas quanto as ruins, tanto as transformações humanas quanto as pós-humanas vieram para ficar. A fragmentação e a fragilidade das relações afetivas, em um país tão desigual, é uma realidade sem retorno. Daí a importância em olhar para a realidade com coragem e curiosidade, evitando que os faróis se voltem para o passado e não projetem o futuro”, avalia Andréa.