Conheci Pelé em Nova York, na década de 1990 (meados, eu acho). Teve uma festa na casa de uma amiga que tinha apartamento no Trump Tower, na Quinta Avenida; 80% dos convidados eram brasileiros. A influência de Pelé era tal que seguranças e equipe do prédio faziam vista grossa para os fumantes — muitos pra não desagradar ao Rei, digamos assim.
Nessa mesma estada, jantamos um grupo de cinco ou seis, num lugar bastante badalado à época (não sei a grafia; penso que a pronúncia era “Café Au bar”), muito privado. Vinha gente do mundo inteiro, do Oriente e do Ocidente, falar com o Pelé. Aquelas pessoas estendiam o tapete, como se ele realmente tivesse um lugar em seus corações.
Não lembro se o Pelé era do tipo com alguma autolouvação, mas ele tratava tudo com a maior normalidade, sem ser entediado, mas um pouco também sou-o-rei-
Pelé, o ponto alto do Brasil.