As fotos desta quinta (15/12) são uma homenagem ao Dia do Arquiteto e Urbanista, não coincidentemente, aniversário de Oscar Niemeyer (1907-2012).
A data era comemorada dia 11 de dezembro, mas o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) instituiu a nova data em homenagem a Niemeyer, o ‘brasileiro-inspiração’ para arquitetos do mundo inteiro.
Listamos seis obras que todo mundo conhece no Rio, sendo a mais marcante o Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói.
No entanto, além dos trabalhos, Niemeyer era também um grande frasista:
“Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo” (sobre o Copan, prédio construído em 1951, no centro de São Paulo).
“A vida é um sopro, um minuto. A gente nasce, morre. O ser humano é um ser completamente abandonado…” (em entrevista à BBC Brasil, em 2001).
“A vida não é justa. E o que justifica esse nosso curto passeio é a solidariedade” (sobre a ajuda aos pobres, em entrevista em 2007).
“As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor” (em agosto de 2011, ao lançar o livro “As igrejas de Oscar Niemeyer”).
“O Sambódromo é uma obra que quase dispensa explicação. Tem uma avenida central, que tem 700 metros e tem uma arquibancada dos dois lados. Então o importante é que funcione bem, que a visibilidade seja perfeita” (em entrevista à TV Globo).
“Cem anos é uma bobagem, depois dos 70 a gente começa a se despedir dos amigos. O que vale é a vida inteira, cada minuto também, e acho que passei bem por ela” (em 2007).
“O que nós queremos na arquitetura, com a mudança na sociedade, não é nada especial. As casas de luxo serão menores. Os grandes empreendimentos urbanos, os cassinos, os teatros, os museus. Tudo isso será maior ainda porque todos deles poderão participar. Não basta fazer uma cidade moderna. É preciso mudar a sociedade” (em entrevista ao Jornal da Globo, em 2007).
“Sou pessimista diante da ideia de que o homem, quando nasce, já começa a morrer, como notou Jean Paul Sartre. Mas, na vida, caminhamos rindo e chorando o tempo todo: é preciso, então, aproveitar o lado bom da vida, usufruir o melhor possível e aceitar os outros como eles são. Sempre digo: o importante é o homem sentir como é insignificante, é o homem olhar para o céu e ver como somos pequeninos. Ultimamente, no entanto, tenho me espantado como a inteligência do homem é fantástica! Tenho conversado sobre astronomia. Como é imprevisível o que ele pode criar!” (Em 2007, em entrevista à TV Globo).