David Brazil e Milton Cunha, como em 2015, são os mestres de cerimônia do palco principal do réveillon de Copacabana, este ano, em frente ao Copacabana Palace. Além da alegria e originalidade, eles não são cariocas de nascimento, mas, sim, de espírito — foi no Rio que ambos fizeram a sua história.
David, pernambucano de Recife (PE), chegou ao Rio em 1988, e nunca mais saiu — virou um personagem muito carioca. “Sou um apaixonado por esta cidade, que me adotou há 35 anos. Este réveillon, com certeza, é o melhor do Planeta, com uma energia surreal, mesmo com a pandemia, guerra política…”, diz ele, que vai se dividir entre o palco principal e o da Rua Santa Clara: “Não sei como vai ser isso… Ainda vou ter um dia de Cinderela no Copacabana Palace (de sábado para domingo), bem plena, para começar 2023 muito próspero”.
Já Milton saiu de Belém (PA) em 1982, dando início à sua apoteose carioca. “Eu represento os bem-recebidos pelo Rio. Mesmo quando menino pobre no Pará, na floresta, eu tinha o estado de espírito carioca, que é o da mistura, da fraternidade, do abraço, do ‘easy going’, do malandro no melhor sentido, que é o de ser sorridente. Rapidamente, a cidade me tomou como um dos seus, em 1982, quando uma cama-beliche, com outros cinco no quarto, na Nossa Senhora de Copacabana, era minha casa. Passados 40 anos, eu, naquele palco, traduzo todas aquelas pessoas lutadoras, que sabem que ninguém é melhor do que ninguém. E salve-se quem puder: quem tiver a melhor pombagira”, diz ele, que também apresentou a festa na virada de 2019 pra 2020, antes da pandemia.
A função de ambos começa a partir das 18h, para dar as boas-vindas ao público e anunciar as atrações do Palco Copacabana: shows de Zeca Pagodinho, Iza, Alexandre Pires, Mart’Nália e baterias das escolas Grande Rio e Beija-Flor. Já, no segundo palco, o Carioca, apresentações de Mart’Nália, Gilsons, Bala Desejo, a bateria da Beija-Flor e DJs. O amor de Milton com Copa é antigo.