Hoje busquei no Google a palavra “violência” para ver que tipos de imagens eram associadas a ela – todas remeteram à violência física.
Entretanto, a lei tipifica pelo menos cinco tipos de violência:
1. física;
2. psicológica;
3. sexual;
4. patrimonial;
5. moral (difamação, calúnia, etc.).
Nesse artigo, eu quero falar particularmente sobre a violência que tantas pessoas sofrem de forma oculta e sutil, sem ninguém encostar um dedo nem gritar.
Diariamente, recebo através das minhas redes sociais, dezenas de relatos de mulheres que sofrem de violência psicológica em algum relacionamento próximo.
Por exemplo, filhas que ouvem das suas mães frases como:
– “Você está muito gorda, como ousa colocar esse vestido?”
– “Era melhor você não ter nascido.”
– “Foi culpa sua se eu me separei do seu pai.”
– “Na sua idade, eu só tirava notas boas!”
– “Olha como seu irmão foi bem em matemática! Você deveria ser igual!”
Pessoas que ouvem dos seus chefes:
– “Tem certeza que fez faculdade?”
– “Que idiota! Quem disse para mandar o relatório para o cliente desse jeito?!”
– “Se você não tiver satisfeito, tem 10 iguais a você na fila, esperando seu emprego.”
Mulheres que ouvem dos seus maridos:
– “Você não fez nada o dia inteiro, só cuidou dos filhos!”
– “Quem gosta de usar batom assim é vagab…. tire isso agora!”
– “Você não sabe cozinhar! Nem sei porque eu casei contigo!”
– “Você nunca faz nada direito. Deveria voltar pra sua mãe!”.
A Lei Maria da Penha conceitua violência contra a mulher como qualquer conduta — ação ou omissão — de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato da vítima ser mulher. E que lhe cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.”
Meu público é principalmente feminino, mas os homens também sofrem de humilhações e constrangimentos e alguns me escrevem também.
Amor sem respeito não é amor. Todo ser humano tem o direito e deve ser respeitado e esse tipo de violência mais “sutil” não deve ser tolerado nem minimizado, em nenhum tipo de relacionamento.
Foto: https://bit.ly/2SWmyVJ