O biólogo Mario Moscatelli faz mais uma denúncia: na semana passada, esse jacaré, de mais ou menos dois metros, estava saudável passeando tranquilamente pela lagoa de Jacarepaguá (na foz do arroio Pavuninha) e, nesta quarta (14/12) foi encontrado morto, boiando entre as gigogas. “Algum criminoso resolveu matar o jacaré usando garatéia (uma espécie de anzol com múltiplos ganchos), que faz a vítima morrer agonizando de dor. Como o animal era muito grande, ele conseguiu romper a corda, mas não se livrou dos ganchos. Isso é um crime ambiental inafiançável e que precisa ser combatido pelas autoridades. A prática de caça no sistema lagunar é sistemática e não podemos mais deixar acontecer esse safari”, diz Mario, revoltado.
A denúncia já foi encaminhada para as secretarias municipal e estadual de Meio Ambiente para as devidas providências, no entanto, Mario avisa: “Os caçadores matam jacarés e capivaras para vender a carne de caça, mas todos os animais do sistema lagunar de Jacarepaguá estão contaminados e essa contaminação não desaparece através da fritura ou qualquer outro tipo de preparação. Portanto, quem come está se intoxicando progressivamente, pois as toxinas são acumulativas”.