Ana Borelli lançou “Alfredo Sirkis — Para você saber de mim”, nessa quinta (08/12), dia em que ele faria 72 anos, na Casa Firjan, em Botafogo, com a presença dos grandes amigos do ambientalista: “Foi lindo e muito emocionante com todos que começaram com ele no movimento ambiental: Gabeira, Carlos Minc, Aspásia Camargo, Ana Toni — e ainda continuam. Então foi bonito porque virou uma festa, as pessoas falavam dele o tempo todo e foi uma energia muito boa”, diz Ana, viúva de Sirkis e organizadora do livro — o processo todo levou dois anos, contado por ela aqui.
Enquanto os convidados chegavam, uma TV reproduzia imagens de arquivo e, no bar, caipirinhas com nomes dos livros escritos por ele, como “Descarbonário” (2020, inspirado no premiado “Os Carbonários”, de 1980), “Magalópolis” (2012), “Verde carioca” (1996).
Na publicação, a trajetória do político e escritor carioca, da juventude como guerrilheiro e exilado durante a ditadura, autor de livros até o ativismo ambiental. “A grande preocupação dele, nos últimos anos, era o aquecimento global. Se estivesse vivo, estaria aliviado com a situação do Brasil, que volta a ter um protagonismo mundial”, disse Gabeira.
Amigo de infância, Minc disse: “Ele se confunde com a história do movimento ecológico brasileiro e o salto que deu depois para o panorama mundial, a questão climática, até ser um de seus grandes interlocutores. Fomos amigos desde os 14 anos, fico muito emocionado. Não consigo ver essas coisas todas sem o Alfredo. A gente formava um trio, eu, ele e Gabeira; então, acho que esse livro é um resgate. Muitas dessas ideias surgiram com o Sirkis. Devemos isso tudo a ele, inesquecível amigo de sempre”.