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O Edifício Lamberti, na Praça Serzedelo Correia, n° 15, em Copacabana, possui uma das fachadas mais charmosas do Rio. Essa construção de 1935 é um legítimo integrante do estilo “art déco”. Podemos constatar isso, observando a fachada com dois volumes abaulados, bem característico da vertente aerodinâmica do estilo.
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As varandas com peitoris tubulares se assemelham aos decks de navios. São 28 apartamentos, quase todos de dois quartos, um elevador e uma única escada. Os pisos dos sete andares são originais e, até hoje, a mistura do azul, rosa, branco e preto fascina todos os visitantes dessa construção. O grafismo do nome do edifício é simples e lindo, bem característico da década de 1930.
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O morador mais ilustre nesses quase 90 anos do Lamberti foi o jornalista e escritor João Antônio Ferreira Filho, autor de livros como “Malagueta, Perus e Bacanaço”, “Leão-de-Chácara” e “A Dama do Encantado”. Com o seu primeiro livro de contos, “Malagueta, Perus e Bacanaço”, de 1963, João Antônio ganhou vários prêmios: dois prêmios Jabuti (revelação de autor e melhor livro de contos), Prêmio Fábio Prado e o Prêmio Prefeitura Municipal de São Paulo. A dupla premiação no Jabuti foi um feito inédito para um escritor estreante. Em outubro de 1996, João faleceu no apartamento 702 do Lamberti; seu corpo só foi encontrado 20 dias depois, pelo porteiro, que está no prédio até hoje. João morava sozinho. Como costumava viajar sem dar satisfações, todos pensaram que o seu sumiço era mais uma de suas viagens. Uma placa em homenagem ao escritor foi colocada, em 2008, entre a porta do Lamberti e um bar que ele frequentava.
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