O arquiteto e urbanista carioca Mauro Viegas, morto nessa terça (18/10), aos 103 anos, fundador da Concremat, que colaborou com grandes obras, como a construção de Brasília, criou também, com sua mulher, Elza, uma enorme família, com grande apreço pelo lado leve da vida, digamos assim.
Sempre tinham motivo para comemorar: por exemplo, mais ou menos a cada 5 anos da empresa, era razão para festejar. Comemorava também os aniversários de casamento, com as várias gerações da família (são seis filhos, 13 netos e 17 bisnetos), nas quais constam os mais diferentes perfis: de empresário a professor de meditação. Muitas dessas festas era meio que portas abertas na casa da Visconde de Albuquerque. Em 2007, os 55 anos da Concremat, com festa; em 2008, lançamento da biografia “Mauro Viegas, a construção de uma vida” (onde, falando de si, fala também de grande parte da história do Brasil), com festa; em 2012, os 60 anos da Concremat, com festa; em 2013, os 70 anos de casamento, com festa — essa, talvez, a mais emocionante de todas. Aqui, citando apenas as grandes. Existe ainda o documentário “Mauro Ribeiro Viegas — Memórias de um brasileiro”.
Mauro Viegas leva consigo sua grande contribuição ao País. E como disse um empresário que prefere não ser citado: “Mauro Viegas era do tempo do Brasil em que classe tinha ainda algum significado.”