Procurado para saber se Jair Bolsonaro não quiser cumprimentar o vitorioso nas eleições, Luíz Inácio Lula da Silva, teria alguma implicação, o cientista político Mauricio Santoro comenta: “Não há nenhuma obrigatoriedade jurídica; é só a tradição, um protocolo, mas o silêncio é preocupante. O normal é que, na mesma noite da eleição, o candidato faça um discurso reconhecendo a derrota e parabenizando quem venceu”, diz.
E continua: “Isso aumenta a preocupação de que o Presidente Bolsonaro vá tentar algum tipo de reação para não aceitar os resultados que isso pode ser, inclusive, algum tipo de resposta violenta, à semelhança do que foi nos EUA com a invasão do Capitólio (janeiro de 2021) e toda mobilização que Donald Trump fez com seus apoiadores”.
O candidato que mais demorou para reconhecer a derrota em 20 anos foi José Serra (PSDB), hoje senador, em 2010, quando perdeu para Dilma Rousseff e demorou quase duas horas e meia depois do anúncio do resultado, às 20h13.
Em 28 de outubro de 2018, lá pelas 20h20, Fernando Haddad (PT) fez um discurso público reconhecendo a vitória de Jair Bolsonaro na disputa presidencial. O resultado foi anunciado às 19h18.