Bell Billys, personagem da noite carioca, conhecido pela simpatia e originalidade na escolha do visual, há 20 anos recebendo clientes em vários restaurantes e casas noturnas (atualmente está no japonês Mitsubá, no Leblon), é um dos indicados a “Melhor Hostess” da 1ª edição do Prêmio Gastronomia Preta, com a cerimônia no dia 28 de novembro, no Museu de História e Cultura Afro-brasileira, na Gamboa. O prêmio, criado pelo professor Breno Cruz, da UFRJ, vai homenagear 21 profissionais pretos, pardos ou indígenas da gastronomia. O embaixador do projeto é o chef João Diamante e será apresentado pelo chef confeiteiro Paulo Rocha (“Iron Chef Brasil”, da Netflix).
Bell concorre – forma de falar, porque a categoria é muito unida — com Ticiane Oliveira, hostess do Rio Othon Palace. Ele comenta como deve ser um bom profissional na sua área: “Eu amo o que faço, e tem que ter muito jogo de cintura. Hoje em dia, não dá pra receber com um ‘boa noite’ – tem que ter humor, simpatia com verdade, gostar do que faz e ser proativo. No mundo de hoje, não dá pra ficar estático – tem que interagir na cozinha, no salão e fazer de tudo, sendo original e sorrir de verdade.”
Sobre a importância de uma premiação para negros, com tantos episódios de racismo no País: “Estou honrado com a indicação porque sou negro, gay e nordestino. Um prêmio como esse, no mundo de hoje, é um avanço muito grande para nossa classe e raça. Não cabe mais preconceito de qualquer tipo”, diz.
São 25 pessoas a receber o troféu em várias categorias: chef, merendeira, garçom, auxiliar de cozinha, confeiteiro, bartender e assim vai. Mais informações, no @pretogourmet.