“Vale Tudo com Tim Maia”, no Globoplay, já ficou no coração de muita gente, ainda mais de quem conheceu o artista de perto, frequentou shows ou esteve em alguma festa onde ele se apresentava (não era incomum). Quem já botava a carinha na noite nos anos 90 sabe disso. Tim morreu em 1998, maneira de falar, para alguns ele e sua voz inesquecível não vão morrer nunca — rsrsrsrs. Nessa quinta (13/10), teve pré-estreia da produção, que tem direção de Nelson Motta e Renato Terra, na programação do Festival do Rio, no Cine Odeon, na Cinelândia. Todo mundo queria falar, perguntar, comentar qualquer coisa do calendário, digamos assim, da vida de Tim, com Nelson, eles foram muito ligados.
“O Nelsinho apelida o acervo de ‘caverna do Ali Babá’. Eu prefiro não ficar sabendo o que de fato tem lá. De tempos em tempos eu visito aquela caverna e parece que planta alguma coisa do nada”, diz Carmelo, que contribuiu com um extenso acervo de imagens e itens raros, como um disco dos anos 90 com seu pai cantando em espanhol. Como visto, Carmelo não faz parte do clube-dos-herdeiros que criam impedimentos em casos parecidos.
“Tem mais de meia hora de material inédito do Tim. Revela uma pessoa que pouca gente conhecia, um Tim que recebe o ônibus de crianças carentes na casa dele. A gente se acostumou a ver as imagens dele doidão e tal, mas essa série também revela esse outro lado, um Tim família”, completa Renato.
Nelson Motta, autor da biografia “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”, diz: “O Tim fazia piada com tudo e era o cara mais livre que eu conheci na minha vida. Só fez o que quis, na hora que quis, do jeito que quis. Pagou o preço por isso. O final da vida dele é bem triste, mas a música do Tim vive para sempre”.