Paulo Mendonça não tem ideia do que sejam aqueles lançamentos tipo compra o livro, pega a dedicatória e vai embora. Em sua noite de autógrafos, de “Poemas Insanos”, na livraria Argumento, no Leblon, deu-se o oposto: artistas e amigos de todas as áreas tinham assunto entre si ou com o autor.
É seu primeiro livro de poesia, que já chegou às livrarias em versão capa dura (Editora Paraquedas) e ilustrações de Luyse Costa, de João Pessoa, com prefácio do jornalista Miguel de Almeida: “Os versos de Paulo Mendonça trazem disfarçado o que muito falta na poesia brasileira contemporânea – uma estética filosófica. Não é uma poesia de efeito, tampouco de desenho gráfico. É de conteúdo, substância. Camuflada de lirismo, de magia onírica, traz imagens construídas na observação cotidiana, porém com evidentes nuances de reflexão”, diz Miguel.
“Poemas Insanos” apresenta poemas curtos e intensos, escritos no período do isolamento social, com a inquietude das vivências amorosas não correspondidas, solidão, melancolia, determinação e esperança. De acordo Miguel de Almeida, o autor traz um novo frescor para a literatura do País.
Vice-presidente da Academia Brasileira de Cinema, Paulo é autor de músicas, como “Sangue Latino”, maior sucesso dos Secos e Molhados, além de escrever para teatro e cinema, com destaque para o roteiro do filme “Pra Frente Brasil”, de Roberto Farias. É também fotógrafo autodidata, já tendo produzido muito para imprensa, publicidade e capas de discos. Seu mais recente trabalho, este ano, é a exposição “Músicos de Rua”, no Espaço Talante, em Lisboa.