Nelma Kodama certamente poderia imaginar uma passagem pela Bahia, como um fim de semana em Trancoso, uma estada em Itacaré, hotéis bacanas na capital, mas a doleira está hospedada desde essa quinta (20/10) é no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, presídio de segurança máxima.
Nelma estava presa há seis meses em Portugal por suspeita de envolvimento com tráfico internacional de drogas, negado por ela. O advogado Santiago Andre Schunck disse à Folha, em matéria de Aléxia Souza, que “ela renunciou à continuidade do processo de defesa contra a extradição para colaborar com a Justiça brasileira e comprovar que não tem ligação com o tráfico internacional de drogas”.
Kodama, primeira delatora da Lava-Jato, depois de solta, costumava aparecer nas redes sociais com figurinos grifados, sempre usando as marcas mais exclusivas do mundo. Em 2019, disse a esta coluna: “Ficam querendo saber da minha vida, até mesmo com quem eu durmo ou paga as minhas contas, aliás pagas pelo meu namorado, que é rico, bom de cama e ainda por cima me sustenta, fazendo pequenos luxos e mimos que sempre mereci”. À época, Nelma lançou um livro de memórias, “A imperatriz da Lava-Jato” (Ed. Matrix — em depoimentos ao jornalista Bruno Chiaroni), contando sua história.