O biólogo Mario Moscatelli, à frente do ecossistema da Lagoa como faz com a sua casa, prevê danos ambientais com o vazamento de combustível e óleo pela demora na retirada do helicóptero caído na Lagoa no último sábado (22/10). O piloto e os quatro passageiros sobreviveram, mas a aeronave segue mergulhada: “Colocaram uma bóia que suponho ser uma indicação de onde caiu. São potencialmente até 280 litros de combustível mais 5 litros de óleo, se o tanque estiver cheio, claro (a empresa não divulgou a quantidade até agora), mesmo assim as medidas de contenção não foram tomadas — não vejo óleo saindo e tampouco posso afirmar que sairá, mas o protocolo para combate de acidentes ambientais leva em conta ações preventivas”, diz Mario.
E continua: “Quando acontece um acidente na Lagoa, o responsável é o Inea (Instituto Estadual do Meio Ambiente), mas o Inea jogou a bola para a empresa dona do helicóptero, a Ultra Pilots Táxi Aéreo, que fica em Jacarepaguá e até agora nada. “Não vejo nenhuma medida, que deveria ter sido tomada no momento da queda e depois durante a operação de içamento porque não sabemos como o helicóptero vai responder à retirada, portanto devido à quantidade de animais dentro da Lagoa e os associados com as águas (capivaras, aves e caranguejos etc), essas ações seriam importantes até por conta de respeitar o protocolo para esse tipo de situação”, finaliza.
Até o momento, a empresa de táxi aéreo não se manifestou, nem em suas redes, nem à imprensa – o celular da empresa não completa a ligação e a coluna enviou um e-mail, que até o momento não foi respondido.
Segundo informações, o helicóptero decolou do Aeroporto de Jacarepaguá e se chocou com uma ave quando sobrevoava uma área próxima ao Cristo Redentor.