Sérgio Henrique da Silva Silveira, professor de capoeira, conhecido como Gargamel no Vidigal, quer substituir o lençol branco do “Cine Viela”, um de seus projetos na favela da Zona Sul, por um telão com tripé para maior qualidade da imagem e falta de estrutura nos locais. Há pouco mais de cinco anos, ele criou o projeto que leva cinema — na maioria das vezes, com conteúdo educativo -, pelo menos uma vez por semana, para becos e vielas do Vidigal, com as cenas projetadas num lençol. Um telão de 2,30 x 2,0 metros custa mais ou menos R$ 1,5 mil.
O projeto foi prejudicado pela pandemia, mas voltou com tudo no fim do ano passado; no entanto, continua com zero patrocínio. “É um trabalho importante porque tira o foco da criminalidade ou do mal. Com essas atividades, as crianças deixam de brincar de polícia e bandido para se divertirem num ambiente com recreação e atividade cultural. O problema é que, quando chove, molha a ‘tela’, e as sessões são suspensas”, diz Gargamel, que é ator formado pelo grupo Nós do Morro.
Em algumas sessões, tem até pipoca e suco pra criançada, dependendo do apoio de moradores. Sérgio também faz dois eventos temáticos por ano: o “Sonho de Páscoa”, com a campanha de doação de bombons e chocolates; e “Natalizando Sorrisos”, para a distribuição de brinquedos. Em ambos, conta com a ajuda de comerciantes locais. Há sete anos, ele trabalha como orientador no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Rinaldo de Lamare, que atende Gávea, Rocinha, Vidigal e São Conrado. “Vou ajudando de todas as formas como consigo. Essa é a minha missão”, diz ele. Para ajudar, saiba mais no @cinevielas e no @parceirosdovidiga.