O “Dia das Bruxas” cai na segunda (31/10), mas para liberar as fantasias não existe data, pelo menos as sexuais. Segundo o “Censo do Sexo”, feito pela Pantynova, marca que desenvolve produtos eróticos, a fantasia/fetiche mais comum entre os 51% dos entrevistados é o sexo a três, seguido do BDSM (bondage, disciplina, dominação-submissão e sado-masoquismo) e, em terceiro, fazer sexo em público! Também citam chuva dourada (ou golden shower), o cross dressing (se expressar usando roupas do gênero oposto) e o fetiche por pés.
Foram 1813 participantes de todos os gêneros e orientações sexuais do Brasil inteiro. Entre os heterossexuais, bissexuais e homossexuais só deu sexo a três em primeiro lugar É tabu é fetiche? Para a psicanalista paulistana Joana Waldorf, “os dados sobre as fantasias sexuais apontam para um desejo de quebrar regras, que está associado ao prazer. O fetiche constitui um desvio da sexualidade dita ‘normal’, que corresponde ao que se estabeleceu como regra. Logo, o fetiche sempre vai estar relacionado aos tabus da época, e basta dizer ‘não pode’ que a excitação é certa”, explica.
E continua: “O ménage, por exemplo, foge a norma monogâmica. Em relação ao sexo em público a excitação muitas vezes aparece por envolver o risco de ser flagrado e/ou um exibicionismo e por lei é um atentado ao pudor. Tudo isso, de certa forma, passa por proibições, inclusive jurídicas, que acabam por aumentar a tensão das práticas e fantasias”.