O Festival do Rio chegou ao fim, ahhhhh!, nesse domingo (16/10), no Cine Odeon. Samantha Schmütz e Ícaro Silva foram os mestres de cerimônia e, com versatilidade, cantaram, à capela, uma seleção de músicas de trilhas de filmes do festival, terminando com “Andança”, que ficou conhecida na voz de Beth Carvalho, para anunciar os ganhadores. O principal prêmio da noite foi para “Paloma”, de Marcelo Gomes, que, além do troféu de melhor longa de ficção da seção Première Brasil, levou também o de melhor atriz para Kika Sena, e o prêmio Felix, para obras com temática LGBT+. É a história de uma mulher trans que sonha em se casar na igreja. O título ainda não tem data de estreia no circuito. “Nós somos a resistência, essa resistência que se formou, que sempre existiu, mas que se tornou atuante nos últimos quatro anos – uma resistência cultural, política, uma luta contra o racismo, contra a transfobia e contra a homofobia”, disse João Vieira Júnior, produtor do longa.
Um autista ganhou na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, Timothy Wilson, por “Fogaréu”; já o orixá Exu é o tema do Melhor Longa Documentário vencedor: “Exu e o Universo”, de Thiago Zanato. “Que o Festival continue sendo um lugar da inclusão, do acolhimento e onde todos são vistos na tela e respeitados pelo que são”, disse Ilda Santiago, diretora de programação do festival.
Os premiados foram definidos por três júris, sendo o principal, da Première Brasil, presidido por Antônio Pitanga, tendo como integrantes Clélia Bessa, Andréia Horta, João Jardim, Bernard Payen e Eleonora Granata-Jenkinson.