Na Rua Alcindo Guanabara, n° 15, esquina com a Rua Álvaro Alvim, na Cinelândia, foi construído, no final da década de 1920, um edifício do estilo eclético com 14 andares e 112 salas comerciais.
Quando foi inaugurado, era um prédio exclusivamente residencial; hoje, escritórios e consultórios ocupam seus andares. Até a década de 1950, era o Edifício Guanabara, quando foi rebatizado de Vaz em homenagem ao Dr. Orlando Freitas Vaz, dono de grande parte das salas à epoca.
A fachada bege é um tesouro do ecletismo tardio carioca. Quatro máscaras, no segundo pavimento, “protegem” e decoram o quase centenário Vaz. Cada andar apresenta sacadas e elementos arquitetônicos diferentes. No interior, o original prevalece: três elevadores com portas pantográficas, grandes luminárias antigas no hall, piso dos corredores de pastilhas brancas e pretas, janelas em ferro e vidro nas escadas e mármores no hall. Uma curiosidade é que a dependência do porteiro fica no quarto andar. Não há garagem e, no térreo, funcionam uma casa lotérica, um restaurante e um bar.
Fui muito bem recebido no Vaz pela síndica Vera Fontele, que está há 42 anos no edifício, com a sua ótica de atendimento personalizado chamada Ver Mais Lentes. O Edifício Vaz estará com outras 34 construções no livro Rio-Casas & Prédios Antigos Volume 3. O financiamento coletivo desse novo livro será lançado em setembro.
Fotos de Leonardo Martins