O elogiado espetáculo “Molière”, com Matheus Nachtergaele no papel principal, voltou aos palcos cariocas, nesse fim de semana, no Teatro Prudential, na Glória, depois de uma parada de quatro anos. A peça, assinada pela mexicana Sabina Berman, ainda tem Elcio Nogueira Seixas, Renato Borghi e outros 11 atores dirigidos por Diego Fortes, tendo como fundo as músicas de Caetano Veloso, com arranjos do maestro Gilson Fukushima. “A fusão de linguagens de Molière (1622-1673) e a autenticidade de suas criações nos possibilitaram misturar cores e texturas com extrema liberdade, procurando sempre uma encenação em que regras pudessem ser quebradas”, diz Diego Fortes.
Matheus acredita que a peça tenha tudo a ver com o momento do Brasil atual. “Acredito que o texto ter sido escrito por uma mulher latina é muito importante para dar à montagem tons contemporâneos e políticos. A peça já se anunciava como antifascista e, agora, creio que vá ganhar contornos mais definidos”, diz ele, que está no ar na série “Cine Holliúdy”, na TV Globo; em “Cabras da Peste”, que estreou na Netflix na pandemia; no longa “Carro Rei”, de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro, que está nos festivais e, em breve, nos cinemas; e em “Clube dos anjos”, de Claudio Defanti, que teve première em Gramado e também deve chegar aos telões.