Além de todo o ecossistema que envolve a Cidade do Rock, na Barra, o festival vai ter, a partir desta sexta (02/09), uma biosfera (humanamente construída) no Rock District, com espécies da Mata Atlântica, unindo música e sustentabilidade dentro de um domo ao lado do Espaço Favela.
A experiência foi desenvolvida pela Heineken, patrocinadora do evento, em colaboração com a rapper indígena Brisa Flow e sua equipe — o grupo Brô Mc’s, a cantora Djuena Tikuna, o DJ Eric Terena e o compositor Ian Wapichana — que, com a ajuda de um aparelho de captação dos sons, criou uma música com base nas vibrações das plantas.
Ao entrar no domo, além de muita mata, o visitante vai ouvir um manifesto com a voz de Brisa Flow, em que é chamado a interagir com as plantas e fazer sua própria música a partir da interação com as espécies que, ao serem tocadas, liberam um som, que ecoam através de amplificadores. “Eu acredito e defendo na minha pesquisa que o canto não é algo somente humano, o canto está presente na floresta e em todos os seres: na fauna e na flora dos biomas. Acredito que os seres na floresta se relacionam e que seus sons também são processos interativos”, afirma Brisa.
Além da “viagem”, a explicação científica: o aparelho usado na experiência foi conectado diretamente às plantas selecionadas e, como cada uma tem vibração diferente, seja pela densidade e variações na circulação de ar e água, cada som é único e o aparato os transformou em batidas musicais. A ação foi desenvolvida em parceria com o hub de tecnologia The Force, e a Agência Atenas.