Grande parte das criações da carnavalesca Rosa Rosa Magalhães — que este ano deixou a Imperatriz Leopoldinense depois de 16 anos (é a mais vitoriosa da história da escola, com cinco títulos) e está na Paraíso do Tuiuti — agora está sob a guarda da UERJ. A professora, artista plástica e carnavalesca formalizou a doação de seu acervo, com mais ou menos cinco mil croquis de figurinos e alegorias, à Rede Sirius de Bibliotecas, que vai armazenar, catalogar e digitalizar tudo. São 69 pastas com desenhos originais em folhas A3, desde 1974 a 2022, em croquis para a Imperatriz, Mangueira, Beija-Flor, Portela e Vila Isabel.
“A cultura popular é muito importante aqui. É uma honra receber esse material, que certamente terá lugar de destaque em um novo projeto que estamos desenvolvendo. Vamos criar um museu da UERJ para congregar acervos das mais diversas áreas que estão nos campi, além de mostrar a história da universidade”, disse o reitor Mário Carneiro. O processo de doação começou ainda em março, quando ela recebeu o título de Doutora Honoris Causa da universidade — de onde foi aluna da Faculdade de Letras da então Universidade do Estado da Guanabara (UEG), na década de 1960.
“Não é comum bibliotecas universitárias abriguem desenhos originais feitos por artistas renomados. Todo esse material ficará disponível como fonte de estudo, contribuindo para garantir a memória de um movimento enraizado na cultura do País e, principalmente, do estado do Rio”, diz Leila Andrade, diretora da Rede Sirius.