Depois de duas edições online e três em São Paulo, a 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro voltou ao Rio, nessa quarta (10/08). na Cidade das Artes, na Barra. A cerimônia, roteirizada e formal — com algum improviso —, como qualquer premiação, começou com o ator cearense Silvero Pereira cantando “Sujeito de sorte”, clássico do conterrâneo Belchior. Na sequência, entra Camila Pitanga, que apresentou a premiação com ele, aproveitou a melodia para improvisar o verso “a gente quer o Lula de novo”, foi aplaudida. A política deu o tom do evento. O prefeito Eduardo Paes subiu ao palco e falou sobre a importância de trazer a cerimônia de volta à cidade e criticou o momento de rejeição à cultura e à arte.
Quem também discursou foi a produtora carioca Renata Almeida Magalhães, que chegou acompanhada do marido, o cineasta Cacá Diegues, falando pela primeira vez como presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais – ela assumiu o posto no dia 1º de julho, a primeira mulher à frente da mais importante entidade do setor audiovisual do País. No mais, “Marighella” foi o grande vencedor, levando o troféu Grande Otelo em oito categorias, incluindo melhor filme, e melhor direção de Wagner Moura, elogiado pelo filho, Bem, no microfone.
O momento alto foi o prêmio a Breno Silveira, que morreu dia 14 de maio, por “Dom”, melhor série para TV fechada/streaming. “Se ele (Breno) estivesse aqui, estaria com aquele sorriso e muito emocionado, porque ele lutou muito por este projeto”, disse a produtora Renata Brandão, da Conspiração Filmes. O nome do cineasta também apareceu no momento “in memoriam”, com Arnaldo Jabor, Danuza Leão, Elza Soares, Françoise Forton, Geraldo Sarno, Jô Soares, Milton Gonçalves, Remo Usai, entre outros, que morreram no último ano.