Foi até esse domingo (14/08), o “Festival Iris — Um olhar ancestral pro futuro”, encontro entre arte, ciência, espiritualidade, tecnologia, ecologia e cultura, no Parque Lage, no Jardim Botânico.
A organização foi da produtora Connie Lopes e das filhas Natasha (cantora e compositora) e Nikita Llerena (internacionalista), que criaram uma vaquinha para a 1ª edição do festival mesmo sem atingir a meta pretendida (foram R$ 59 mil de R$ 125 mil), o que não mudou os três dias de shows, oficinas, conferências, palestras e vivências, além de shows com Mateus Aleluia e Alessandra Leão, entre outros.
Alguns destaques foram a conferênica “Amor” uniu a ialorixá Nivia Luz, o lama Padma Samtem e o pastor Henrique Vieira unindo as religiões; a conferência “O Bem Viver”, que abordou os contrapontos do sucesso financeiro atrelado ao acúmulo de bens materiais; a exploração da terra indígena com as participações do ativista Tukumã Pataxó (BA), a Mídia Índia, um dos maiores veículos de comunicação indígena do País, Eliane Potiguara, escritora e professora especializada em Educação Ambiental, entre outros. Aliás, o ponto alto da programação foi a música e literatura indígena e afro-brasileira, como a apresentação de Shaneihu Yawanawa, uma das grandes atrações — a medir pela solicitação de selfies —, músico dedicado à tradição espiritual de seu povo, neto do pajé Yawa (que morreu com 106 anos em 2018) e filho do cacique Biraci.
O encerramento foi com bate-papo do rabino Nilton Bonder, da chef Bela Gil, a artista recifense Flaira Ferro e a conferência “Cultura de Paz e Comunidade”, com Cláudio Miranda, coordenador do Instituto Favela da Paz, shows de Mateus Aleluia e Samba da Dida.