A notícia foi dada para a Sociedade Amigos de Copacabana (SAC), presidida pelo advogado Horácio Magalhães: em breve, o cinema Roxy vai reabrir. O grupo Severiano Ribeiro alugou o imóvel para o empresário Alexandre Accioly, um dos nomes da indústria do entretenimento carioca — ele é um dos sócios do Qualistage, na Barra (antigo Metropolitan) e do “Noites Cariocas”, além do principal nome por trás da rede de academias Bodytech e sócio-investidor em alguns restaurantes.
Em julho, publicamos aqui que os moradores de Copa colocaram cartazes pedindo a volta do cinema, fechado desde 2020. Um dos motivos da nova insistência seria a reabertura do Cine Leblon, que, depois de oito anos, foi reinaugurado como Kinoplex Leblon Globoplay. Luiz Severiano Ribeiro, presidente do Grupo Severiano Ribeiro, disse à coluna que “no momento o Roxy fica fechado; não sei por quanto tempo”.
“Há alguns meses chegou ao nosso ouvido que havia uma parceria com Alexandre Accioly, para dar um outro perfil ao cinema e hoje o acordo foi formalizado. Ficamos muito felizes com essa notícia e estamos na expectativa de que o cinema reabra o quanto antes. O Roxy é o último ícone cultural do nosso bairro”, diz Horácio.
Depois de um pedido da SAC, no ano passado, a Prefeitura incluiu o Roxy no Cadastro dos Negócios Tradicionais e Notáveis da cidade, mesma lista em que o restaurante La Fiorentina, também reaberto em maio passado, com novos sócios (Delorme Lima e Caio Bucker).
A defesa dos moradores pelo cinema vem de décadas, desde o governo Cesar Maia, quando souberam que havia interesse por parte de igrejas em comprar o imóvel. “Na época, pedimos ao prefeito (Maia) para tombá-lo, o que foi feito (em 2003). Com a pandemia, o fantasma voltou a nos assombrar. Preocupados com o fechamento, fomos até Eduardo Paes. Agora, mesmo com a venda, a atividade a ser exercida tem que ser a de cinema”, explica Horácio.
No ano passado, houve uma tímida reabertura. “Era muito cedo e a procura pelo entretenimento ainda não estava normal por causa da pandemia. Chegamos a nos reunir com representantes do Grupo Severiano Ribeiro, que disseram que a frequência estava aquém das necessidades para justificar a manutenção do cinema no porte do Roxy”, explicou Magalhães.