A Associação de Moradores e Amigos do Flamengo e Adjacências (AmaFla) marcou um abraço simbólico ao Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, o histórico Castelinho, no dia 27 de agosto, às 10h. Eles convidam moradores e cariocas em geral para um protesto, chamando atenção da Prefeitura contra o descaso ao prédio, fechado há mais de dois anos. O imóvel foi tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), em 1983, e teve que passar por uma restauração de US$ 1,2 milhão (na conversão de hoje, seriam R$ 6,5 milhões), reabrindo em 1992 e funcionando, deste então, como centro cultural.
A coluna entrou em contato com a Secretaria de Cultura, que informou que o “Castelinho do Flamengo não está abandonado, mas fechado, pois precisa de reformas para retomar o funcionamento. Já foram feitas algumas intervenções e todos os dias tem Guarda Municipal tomando conta para evitar invasão, além de equipe de limpeza. Havia, por exemplo, uma questão crônica de infestação de pombos, que era problema com a vizinhança, e por isso, foi colocada uma tela para evitar que as aves criassem ninhos. Mas de fato, para voltar a funcionar requer intervenções maiores, o que ainda não foi possível dentro da nossa programação orçamentária, que prevê o montante de aproximadamente R$ 5 milhões, podendo aumentar”.
E continua: “A pasta está trabalhando para resolver ainda este ano, no segundo semestre, ou no primeiro semestre de 2023. Ano passado, a Prefeitura lançou o programa ‘Conservando Cultura’, via Edital de Licitação, para a contratação dos serviços de manutenção corretiva e preventiva em 41 equipamentos da SMC. A última vez que teve manutenção foi em 2016”.
O Castelinho tem sala para cursos e oficinas e galerias de exposição, além do Auditório Lumière, com capacidade para 50 pessoas e Midiateca com mais de 3 mil filmes. A partir de 2009, o centro passou a se dedicar à fotografia, tornando-se referência na área.