Geralmente, quando um muro aparece pichado com algum recado, existe uma assinatura. Vários lugares no Centro da cidade estão assim, com a ordem “Proibido roubar”, mas sem autoria. Quem vive na região diz que o papo que rola é que, se for pego roubando (ou furtando), a pessoa vai preferir ser presa. Supostamente, esse tipo de aviso costuma ser feito por integrantes de facções criminosas para avisar que aquele território tem dono.
Segundo o Instituto de Segurança Pública do Estado (ISP), o Centro registrou aumento, por exemplo, nos furtos de celular, com 126% a mais, entre junho de 2021 e junho desse ano, saltando de 84 para 190. O roubo de rua também cresceu, de 258 no ano passado para 334, ou seja, um aumento de 30% em um ano. Apesar disso, o total de prisões teve uma redução de 7,1% nesses 12 meses.
Os números não combinam com o “Segurança Presente”, da Prefeitura, que faz a ronda no bairro, e muito menos com o projeto da menina dos olhos de Eduardo Paes, o “Reviver Centro”, o plano de recuperação urbanística, cultural, social e econômica da região que, desde sua entrada, em julho do ano passado, através da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SMPU), recebeu 27 pedidos de licenças, com 18 já concedidos, totalizando 1.317 unidades residenciais; os outros nove estão em análise e preveem 573 apartamentos. Entre novas construções e retrofits — que restauram prédios antigos preservando a arquitetura original —, os projetos totalizam 1.890 unidades.
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