No projeto da Bait, visto por mim em todos os detalhes, as chapas metálicas das grades serão retiradas para que todos possam ver a residência e seu terreno. O jardim frontal e o romântico (inaugurado em 1883) serão abertos ao público. O empreendimento também prevê o uso de parte do casarão de 1.600 m2 como área comercial. A outra parte será de uso comum dos futuros moradores. O conjunto é tombado pelo INEPAC, está em área de influência das Casas Casadas, bem tombado pelo IRPH, e faz parte do conjunto arquitetônico de Laranjeiras.
A arquitetura em estilo eclético contempla ampla ornamentação com portas balcão em metal. O interior possui pisos em taboas corridas. No teto de madeira da sala de jantar há uma vitral. As paredes têm molduras em alto relevo (boiseries), pé-direito alto e os pisos são parquet.
Ao lado direito do Palacete está o Jardim Romântico, que conta com pontes, ocas, ruínas com torres e cavernas em estilo de racailles, elementos em argamassa com fingimentos de troncos, madeira, palha e imitativos de pedra. Do lado esquerdo do Palacete fica o viveiro com quatro pontas altas e duas ligações em cada par.
Serão construídos no terreno cinco blocos de 3 andares. As edificações ocuparão 11% do terreno. Gerar o mínimo de impacto visual é a premissa construtiva do empreendimento. O projeto arquitetônico é assinado pela RAF Arquitetura, especializada em construções históricas. O Palacete será totalmente restaurado, incluindo suas marchetarias e pinturas, ornamentação em metal, vitral e demais elementos internos e externos. O projeto de restauro será liderado pelo arquiteto e restaurador Jorge Astorga.
Para conceber o novo paisagismo, o Escritório Burle Marx , especializado em vegetação de Mata Atlântica, integrará elementos históricos aos contemporâneos. Os caminhos naturais dos jardins serão incorporados ao projeto residencial e terão sua pavimentação em pedra portuguesa restaurada através de catalogação e mapeamento. A área de aclive receberá atenção especial. Espécies e indivíduos vegetais nativos da Mata Atlântica serão recondicionados de forma a contribuírem para a drenagem e o combate à erosão da encosta. O Jardim Romântico, incluindo sua ponte, oca, torre e caverna terão um projeto paisagístico exclusivo. Em estado grave de degradação, o refúgio será totalmente revitalizado pela equipe do arquiteto e paisagista Eduardo Barra. A estimativa é que tudo fique pronto em 2025.