O gato Rubinho Correia, que ficou famoso no Rio, depois de uma briga judicial na Galeria Cidade, em Copacabana, o conhecido shopping dos antiquários, morreu no dia 22 de junho, depois de complicações renais, aos 18 anos.
O felino, querido de fora a fora, morava na loja Arte Palha, de Sergio Correia, que dividia a “guarda” com Raimundo Torres, também dono de uma loja na galeria, já há 14 anos, quando em abril de 2018, começou uma verdadeira batalha quando o gatinho foi proibido de circular fora da coleira pelos corredores, depois que o conselho de administração fez valer o regimento do condomínio para proibir seus passeios.
Três meses depois, em setembro, a juíza Marcia Correia Hollanda, da 47ª Vara Cível do Rio, liberou a circulação. Mas antes disso, Rubinho sensibilizou moradores, protetores de animais, ganhou as redes sociais e deu origem a uma força-tarefa para reverter a situação, com criação de abaixo-assinados pedindo ajuda pela sua liberdade. O assunto virou notícia em vários blogs, aqui também.
Assim que começou a pandemia e as lojas fecharam, Rubinho foi para a casa de Raimundo e sua mulher, Thereza, sua madrinha — Pedro já tinha oito gatos no apartamento e Rubinho não se dava bem com nenhum. “Ele era um gato internacional. Vinha gente do mundo inteiro pra vê-lo na loja. E era muito inteligente. Um dia antes de morrer, parece que ele se despediu da gente, brincou, não quis deixar minha mulher dormir e, no dia seguinte, cerrou a boca, não queria comer nem beber mais nada e morreu um dia depois. Ele foi uma alegria na nossa vida”, diz Raimundo.