Fosse agora, Antonio Parreiras (1860-1937) teria os perfis nas redes sociais suspensos pelos seus nus artísticos. A atriz Luisa Arraes, por exemplo, teve um post de Dia das Mães censurado, que mostrava o quadro “A Origem do Mundo”, de Gustave Courbet, de 1866.
O nu é um aspecto pouco presente na obra de Parreiras, considerado um ícone do paisagismo brasileiro. O professor Ivan de Sá (Unirio), vai falar sobre o assunto no seminário “Museu Antonio Parreiras (MAP), 80 anos: trajetórias e perspectivas”, nesta terça (17/05), às 14h, na Escola de Museologia da Unirio, na Urca.
Inaugurado em 1942, o MAP, espaço da FUNARJ, em Niterói, é o 1º museu brasileiro dedicado a um artista. As telas representando nus femininos chegaram a ser premiadas na Europa — pelo trabalho, Parreiras chegou à posição de delegado da Société Nationale des Beaux-Arts.
Também estaráo na mesa de debate, o museólogo Cícero Almeida (Unirio), com a palestra “Musealizando a vida: o museu sonhado por Antonio Parreiras”; já a relação do pintor com a natureza será o assunto da palestra “As paisagens de Antonio Parreiras entre os séculos XIX e XX “, apresentada pela pesquisadora e curadora de arte Ana Cavalcanti (UFRJ).