Se a delegada Adriana Belém já era “pop” antes mesmo de ser presa pela Operação Calígula, contra redes de jogos ilegais, nesta terça (10/05), agora suas redes não param de aumentar a audiência. Em poucas horas, ela ganhou mais de 2 mil seguidores no Instagram, agregando aos já 160 mil, número ainda modesto, mas em ascendência.
O filho de Adriana, Gabriel Belém, que acabou de completar 18 anos e ganhou, nessa segunda (09/05), um carro blindado da mãe, também segue os mesmos caminhos de popularidade. Os dois costumavam fazer tudo juntos, incluindo noitadas. O filho adorava filmá-la em situações inusitadas; de 40 mil seguidores, aumentou 1,8 mil, mas, para evitar ler mensagens com qualquer tipo de desamor, digamos assim, bloqueou os comentários.
Na casa de Adriana, na Barra, os investigadores encontraram R$1,8 milhão em espécie, dentro de sacos de grifes conhecidas e de uma mala de viagem. Ela trabalhou na 16ª DP por anos, até 2020, quando entregou a titularidade, mas manteve o cargo de “delegada de Polícia Civil” em seu perfil nas redes. No mesmo ano, tentou uma vaga para vereadora. À Justiça Eleitoral apresentou sua declaração de bens avaliados em R$ 1.887.515,34: um imóvel de R$ 750 mil, na Barra; outro apartamento, estimado em R$ 370 mil; e saldo em conta bancária de R$ 372 mil.
Ela também tinha um cargo na Secretaria Municipal de Esportes do Rio, ganhando pouco mais de R$ 8 mil por mês, mas, segundo a Prefeitura, seria exonerada nesta mesma terça (10/05). Para os promotores de Justiça, o valor encontrado é um forte indício de lavagem de dinheiro.