Todo mundo com mais de 40 lembra de Cristiana Oliveira numa explosão na TV como Juma Marruá na primeira versão da novela “Pantanal”, na Manchete. Hoje, aos 58 anos, com o remake novamente bombando na TV Globo, a atriz lança o livro “Cristiana Oliveira: versões de uma vida — Como o resgate da autoestima e o fim da busca por aceitação me tornaram mais forte e feliz aos quase 60 anos” (Editora Letramento), nessa segunda (09/05), na Travessa de Ipanema, bairro onde cresceu. A publicação, escrita em parceria com a jornalista e escritora Larissa Molina, fala sobre a sua vida, os desafios, as brigas com o espelho e tem o objetivo de inspirar outras mulheres.
Cristiana começou a escrever a história há seis anos, com a proximidade dos 50 anos e a cobrança eterna pela musa dos anos 1990. Há anos ela dá palestras sobre autoestima, fala às mulheres sobre ser feliz sem precisar corresponder às exigências do olhar dos outros e resolveu colocar isso no papel em relatos pessoais. “Queria transformar a história da minha vida em uma obra que desperta o leitor para o resgate da autoestima e o fim da incessante busca por aceitação. É um convite para não só relembrar a minha trajetória como atriz, mas acima de tudo para, independentemente da idade, vivermos de uma forma mais leve do olhar externo”, diz a atriz.
Ela conta tudo, desde a fuga de casa aos 16 anos — cresceu com nove irmãos —, a luta contra obesidade e o bullying na adolescência, a síndrome do pânico, vigorexia e depressão na vida adulta.
Sobre a época em que interpretou Juma, ela disse em entrevista à coluna: “Eu era uma menina de 26 anos, muito imatura, e essa inocência natural, apesar de já ser mulher, talvez tenha dado certo com a Juma porque fui muito intuitiva e verdadeira com ela. Juntou a Juma com a Cristiana, e o resultado foi uma Juma intuitiva, curiosa. Nunca pensei no sucesso de ‘Pantanal’, isso não era uma coisa racional”. Ela tem outros laços com o lugar: é embaixadora da ONG SOS Pantanal.
Ainda hoje o público a chama de eterna Juma, Juma Marruá Raiz, além de também estar na reprise de “O Clone” (2002), de Glória Perez, como a vilã Alicinha, nas tardes da TV Globo.