A doleira Nelma Kodama, presa, esta semana por suspeita de lavar dinheiro para o tráfico internacional, sempre gostou de grifes. Lembra, em 2019, quando ela divulgou no Instagram um passo a passo para a retirada da tornozeleira eletrônica, ao lado de um sapato vermelho Chanel? À época, muitos interpretaram como uma afronta. Antes disso, em 2018, quando alvo de uma investigação por receptação de joias roubadas, apareceu com brincos, anel e pingente de rubis. Desta vez, a doleira estava em Lisboa, no hotel cinco estrelas Four Seasons, quando alvo da Polícia Federal.
Dois dias antes, apareceu no Instagram com um chapéu Christian Dior (na imagem) e brincos de brilhantes — sócia do clube que acha que as marcas representam alguém. O que leva alguém a ostentar? Perguntado o que leva alguém a querer ostentar, o psicanalista Arnaldo Chuster comenta: “Existem várias formas de ostentação; são consequência do exibicionismo e da vaidade. Restrito a um círculo cultural, pode significar a vaidade de mostrar a ascensão social ou uma forma de se destacar daquilo que já foi. Quando não se importa com o contexto, pode ser uma forma maligna arrogante de causar inveja nos que não tem, o que pode despertar a violência como reação. De qualquer forma, a ostentação também requer um fetiche como objeto da exibição. E o fetiche representa uma forma de poder mágico, aparentemente deslocado da fraqueza de seu portador.”