Desde que entrou no radar da gastronomia, como “substituta” da carne, a jaca virou estrela em alguns cardápios e moda no mundo inteiro, principalmente para os veganos. A fruta, que chega a pesar 15 kg, pode ser vista caindo dos pés de alguns bairros do Rio sem muitos “predadores”. No entanto, custa 160 libras em Londres (cerca de R$ 1.100) e ganhou o nome de “jackfruit”. Foi só o jornalista Ricardo Senra, correspondente da “BBC”, postar a imagem numa feira na capital do Reino Unido, que o post viralizou, com mais de 90 mil curtidas. Na Irlanda, por exemplo, chega a custar 250 libras (mais ou menos R$1.800).
Em países cuja média de salário é de £1972 (R$ 14 mil), a jaca já está cara pra cacete. Por aqui, segundo últimos dados da Ceagesp (SP), o valor para o consumidor é de R$ 2,43 por quilo, ou seja, um exemplar de 15 kg custa apenas R$ 36.
Para aproveitar ao máximo o que o Rio oferece, de graça, existe o projeto “Mão na Jaca”, criado em 2015 pela pesquisadora Marisa Furtado, com o marido, o arquiteto Pedro Lobão, uma empresa de educação ambiental que mapeia jaqueiras, ensina receitas usando a jaca verde em pratos salgados e pesquisa mais sobre a espécie.
O projeto atua quase que diariamente, recolhendo as frutas com risco de cair das árvores no Parque Nacional da Tijuca, para melhorar a segurança dos visitantes e atletas. Até hoje, foram removidas 4.6 toneladas, que foram doadas a comunidades e instituições para produção de alimento e geração de renda.